domingo, 24 de janeiro de 2010

Wake me up when september ends

Por Preguiça

"Logo você que ta sempre correndo, elétrico..."
Depois dessa frase decidi assumir que algo anda me tirando o ânimo. De tudo. Pra tudo.
E logo eu que sempre fui tão animado. As pessoas acabam reparando. Meus amigos, pelo menos. Quero dizer; os que me conhecem, pelo menos.
Nenhuma balada me anima, nenhum filme me estimula. Nem o teatro anda me envolvendo.
A Gambiarra (festa) volta amanhã das férias. Nem pra ir pra lá eu to animado.
Doente eu sei que não estou. Me falta algo. O tempo todo me sinto aflito querendo algo que não sei o que é. Querendo comer algo que não acho em lugar nenhum. Querendo ir pra um lugar que suspeito nem existir. Acabo dormindo mais do que devia, me comprometendo a fazer no dia seguinte as coisas que acabo não fazendo, faxinando a casa, decorando a casa, pensando na casa, e lendo. Compulsivamente.
Confesso que demorei dias pra me animar a escrever aqui. Já que ando nesse desânimo todo, me animei a pelo menos escrever sobre isso.
No fundo eu sei o que falta. Ocupação.
Alguém me emprega, por favor?

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Sei lá

Por Gula

"O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais, há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que nem eu mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade... sei lá de quê!"
Florbela Espanca

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Cansei-me

Por Preguiça

Cansa, né?
Ter que se arrumar pra sair
Pensar em cores e cheiros
texturas e tamanhos
Só pra se ser notado.

Cansa, né?
Ler sobre os acontecimentos
Aprender Inglês
melhorar o Português
Só pra se ser lembrado.

Cansa, né?
Ter que fingir que não quer
Ter que fingir que é bom
Ter que fingir que quer
Só pra se ser desejado.

Cansa...
Prefiro não sair
estudar ou fingir.
Mas ficar sozinho
cansa, né?

domingo, 10 de janeiro de 2010

Para você, C!

Por Avareza

"(...)
Eu já tive que fazer meu coração desistir várias vezes.
E enquanto eu não me propus a fazer algo pra ocupar o espaço que antes se destinava a pensar no que eu não podia mais, eu não consegui mudar essa "vontade" do meu coração."

By Marlon Vila Nova

O que eu queria?

Por Inveja

Hoje só queria poder ter alguém pra deitar quietinho ao meu lado na cama até dormirmos de tanto carinho.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Organismos desordenados

Por Luxúria



Lendo o blog de um querido (Cleyton) li o seguinte: "Namorar tá difícil... E eu ando com preguiça pra sexo casual e sem paciência pra gente mais ou menos."

Concordei de imediato. Namorar está cada vez mais difícil. E quanto ao sexo casual... bem, essa parte eu não conheço muito bem. Mas já perdi completamente a paciência com "gente mais ou menos".

Nesse reveillon quis virar o ano de cueca rosa. Comprei uma. Linda. Tudo pra ver se a sorte da virada do ano me ajuda a arrumar um amor de verdade. Nem que seja pra eu poder morrer dizendo que vivi um.

A frase do Cleyton martelou bastante em minha cabeça essa semana. O amor ta complicado e isso eu já percebi há tempos. Mas e o tal sexo casual? Comecei a me sentir estranho por nunca ter sido tão sexualizado quanto meus amigos sempre foram.

Lendo uma revista mensal voltada para o público gay, li hoje a tarde uma reportagem onde repórteres da revista experimentavam sites de relacionamentos (lê-se pegação) e escreviam suas experiências. Decidi experimentar. Depois de um tempo em uma sala de bate papo acabei indo parar em um apartamento na República.

Todo o esforço para me parecer mais familiarizado com aquela situação inédita foi desnacessário. A noite foi absolutamente incrível. Tudo aconteceu de uma forma muito natural, provavelmente pela experiência do anfitrião em receber convidados noturnos.

Uma conversa pré-sexual agradável nos conduziu à atração mútua. Algum tempo depois conversávamos sobre seriados de TV como amigos de infância - se desconsiderar o fato de que estávamos nús. Me senti um pouco Michael Pitt em The Dreamers. Discutimos de política a cinema.

Tudo que eu tinha fantasiado foi surpreendentemente diferente. E bom. Conversamos durante mais de uma hora e descobri uma pessoa interessantíssima, culta, inteligente, bonita... e desacreditada no amor. O que nunca deixa de me entristecer.

"Relacionamentos são organismos desordenados" - disse. "Jamais vai haver um equilíbrio, e por isso nunca vão dar certo. Um sempre vai amar mais que o outro e sempre vai chegar mais alguém que vai trazer consigo o fim."

No final da noite, volto pra casa feliz por ter ocorrido tudo bem na minha primeira aventura "cibernética-real", mas meio desapontado em perceber que, se só eu continuar acreditando que duas pessoas podem ser felizes juntas, vou ter que acabar desenvolvendo uma bipolaridade pra conseguir feliz com outra pessoa, nem que essa pessoa seja eu mesmo.
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