quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Selva de Pedra

Por Marlon Vila Nova


_ "Desde que tinha sete anos e assisti Selva de Pedra na Globo eu disse que queria morar naquele lugar." - respondeu minha mãe quando eu perguntei porque ela quis vir para São Paulo.
Eu nunca tive dificuldade em entender o que ela quis dizer com isso. Nunca vou me esquecer da primeira vez que andei pela avenida Paulista. Apesar de toda a tentativa de não parecer um índio pisando pela primeira vez na cidade grande, era impossível não olhar pra cima e manter o maxiliar inferior colado ao superior.
Durante o tempo em que vinha pra cá nem por um segundo eu tinha dúvidas de que era aqui meu lugar. Voltei chorando todas as vezes que retornava pra Goiânia. Apesar dessa certeza de que meu lugar era aqui, eu nunca conseguir "desgostar" de Goiânia. Gosto muito de lá até hoje. Só que eu sempre precisei de mais. Chegou o momento em que tudo começou a me sufocar demais ali. E eu sou assim. Se me sufoco, fujo inconsequentemente. E mesmo com toda essa determinação, foi a decisão mais difícil que já tomei em minha vida até hoje. Não pela cidade, mas pelas pessoas. Claro que sinto falta das ruas, do clima, dos parques, das baladas (tá, das baladas nem tanto), da escola de dança... mas nada que se compare à falta das pessoas que vivem longe de mim.
Sei que meus amigos serão para a vida toda, não é isso que me assusta. É não poder acompanhar a cicatrização da tatuagem que um deles fez. É não poder comentar sobre o corte de cabelo de outro - só pra ele saber que tem alguém que repara -, é não poder fingir que vai arrancar um piercing que outro colocou sem me consultar, é não poder visitar um amigo no trabalho dele quando estiver por perto só pro trabalho não ficar tão entediante... o que me assusta é não poder tê-los por perto o tempo todo.
Saí da casa dos meus pais muito cedo. E apesar de ter contato diário com minha família por internet e telefone, não os tinha sempre fisicamente presentes. Meus amigos acabaram ocupando esse posto natural e despropositadamente.
É muito cruel querer pesar a importância de minhas escolhas com a distância deles. Eu não escolheria jamais deixá-los. Mas que sentido teria minha vida sem meus sonhos? E que sentido teria sonhar se não tentar torná-lo realidade? E mais uma vez a prova de que eles são a família certa escolhida por mim se mostrou com o apoio que recebi de cada um deles pela minha luta, mesmo com o sofrimento da minha partida.
Hoje um desses amigos começou a sentir tudo isso que senti há oito meses atrás, quando a hora de vir em definitivo se aproximava. No caso dele é diferente. Vai ficar dois meses fora trabalhando em um navio. Mas serão dois meses de isolamento. Dois meses de distância do mundo dele. Em contrapartida, ele vai descobrir outros mundos e conhecer lugares que ele sempre quis. Eu torço por ele pois sei que vai ser difícil. Mas ao mesmo tempo sei que vai ser muito satisfatório. E ele saberá lidar mais fácil com isso. Ele é mais forte, mas determinado, mais concentrado que eu.
A ele desejo que essa viagem gere possibilidades incríveis em sua vida pessoal e profissional. E digo que serão dois meses ainda mais difíceis que esses outros oito que se passaram pra mim, já que sei que vc estará fisicamente ainda mais longe. Mas espero que passe rápido, e que vc fique difinifivamente aqui pelo sudeste na volta.


Te amo, Rick!





sábado, 26 de setembro de 2009

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Tentações

Por Gula
Uma pesquisa realizada por cientistas da Northwestern University, nos Estados Unidos, diz que a maioria das pessoas têm grande dificuldade em avaliar o quanto são capazes de resistir à tentações.
"As pessoas não são boas em antecipar o poder dos seus impulsos e aqueles que são os mais confiantes sobre o seu auto-controle são os mais suscetíveis a cair em tentação", disse a pesquisadora Loran Nordgren, doutora em gestão e organizações do curso de Administração na Northwestern University.
Aqueles que estufaram o peito e resistiram às tentações tem uma imagem negativa dos outros. "Eles têm uma opinião muito ruim em relação às pessoas que agem impulsivamente, porque têm a crença de que não agem dessa forma", afirmou Nordgren.
Mas, segundo a doutora, ninguém é infalível. "Evite situações em que tais 'fraquezas' podem prosperar e lembre-se que você não é invencível", aconselha Nordgren.
E agora, José? Banco o pseudo João Valentão, ou caio de novo em tentação?

Fonte de pesquisa: www.terra.com.br

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Eu, Príncipe Encantado

Por Marlon Vila Nova

Cresci ouvindo contos de fadas. Nunca soube muitos detalhes de nenhum deles, assisti a pouquíssimos e devo ter lido no máximo uns dois. Não sei porque, ao certo, acredito tanto nessa magia e espero impacientemente pelo "felizes para sempre".
Ouvi, tempos atrás, alguém dizer que os finais felizes são sempre felizes porque eles terminam no auge do amor. Como seria se Romeu e Julieta não tivessem morrido? E em que consiste a rotina para sempre feliz da Branca de Neve e do príncipe?
Fazendo uma análise de minha vida posso dizer que vivo um conto de fadas todos os dias. E que inúmeros finais ainda mais bonitos que os dos contos de fadas já existiram em minha vida, que insistiu em continuar seguindo seu rumo transformando o final em metade de mais uma história.
Já despertei Belas Adormecidas, encoragei príncipes, já fui príncipe e já vivi princesas em várias histórias. Parando de contar no momento certo, minha vida é o maior acontecimento encantado de todos os tempos.
A magia acontece todos os dias. Basta saber o momento certo para se escrever o "The End".

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Patrick Swaize

Por Orgulho
Desde que me mudei para São Paulo não tenho tido muito tempo para assistir televisão. Sei de notícias do que acontecem pelo mundo através de meus amigos e internet. E foi assim, pela internet que me choquei há dias atrás com a notícia do falecimento de Patrick Swaize.
Não posso dizer que era um grande fã, mas a julgar pelo filme Dirty Dancing, devo admitir que ele merece um crédito em minha vida.
Quando assisti a esse filme pela primeira vez, imediatamente sabia que queria ser como ele. O filme foi comprado, reassistido milhares de vezes, decorado, e sua coreografia final reproduzida.
E por causa dessa coreografia, que decidi reproduzir com minha prima certa vez numa apresentação do colégio dela, fui convidado para fazer aula de dança pela primeira vez. E desde então nunca mais parei.
O filme me emociona sempre e a música tema (I've had the time of my life) sempre me deixa com lágrimas nos olhos. Patrick foi um grande ator. Bonito, sexy, completo, admirável.
Vai deixar saudades.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Os buracos que atravessamos

Por Orgulho

Poema de Nyoshul Khenpo
"Autobiografia em Cinco Capítulos"

"1)Ando pela rua
Há um buraco fundo na calçada
Eu caio
Estou perdido...sem esperança.
Não é culpa minha.
Leva uma eternidade para encontrar a saída.

2) Ando pela rua
Há um buraco fundo na calçada
Mas finjo não vê-lo.
Caio nele de novo.
Não posso acreditar que estou no mesmo lugar.
Mas não é culpa minha.
Ainda assim leva um tempão para sair.

3) Ando pela mesma rua.
Há um buraco fundo na calçada
Vejo que ele ali está
Ainda assim caio...é um hábito.
Meus olhos se abrem
Sei onde estou
É minha culpa.
Saio imediatamente.

4)Ando pela mesma rua.
Há um buraco fundo na calçada
Dou a volta.

5) Ando por outra rua."

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Confesso que...

Por Orgulho

... adoraria ter sido abençoado com a capacidade de disfarçar minhas insatisfações.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...